Notícias
Fique por dentro das novidades do Terapia Manual |
|
Porque a dor do meu paciente não melhora?
Todo fisioterapeuta se depara diariamente com um grande problema: a ineficácia de suas ações para tratar dores contínuas, recorrentes ou crônicas. A incapacidade deste profissional em lidar com a DOR na maioria das vezes é consequência de má interpretação do problema e de como ele atinge o paciente. O fisioterapeuta foca na correção da patologia ou da estrutura sem saber que muitas vezes a dor não tem qualquer relação com as mesmas.
|
Técnicas manuais são efetivas mas nem sempre são a melhor solução para alguns pacientes. |
O primeiro passo para a solução do problema é o profissional saber identificar qual mecanismo de dor está em ação no paciente, e não apenas qual estrutura ou patologia está presente. A dor MECÂNICA NOCICEPTIVA ou INFLAMATÓRIA MECÂNICA tem relação direta com a estrutura lesada, portando nestes casos a correção do stress no tecido costuma resolver o problema. Ex: técnicas manuais (mobilizações e manipulações), mudar a biomecânica (uma órtese), recursos eletro-termo-fototerápicos, etc.
Quando há agressão ao trato neural o problema é maior. As dores NEUROGÊNICAS que se dão geralmente por compressões do trato neural podem ser resolvidas por ações periféricas (ex: mobilizações do trato neural) já as NEUROPÁTICAS severas podem não responder aos tratamentos físicos “periféricos” que são comuns para a maioria dos fisioterapeutas.
Mas o grande desafio surge quando a dor é CENTRAL, também conhecida como hipersensibilidade central, típico de um paciente com dor crônica. Nestes casos o tratamento físico passivo periférico (como é o exemplo da terapia manual hoje popular na fisioterapia como mobilizações, manipulações, osteopatia, quiropraxia etc ou outros recursos) não se mostra eficaz. O problema não é “estrutural”, tecidual ou nos mecanismos periféricos de dor, mas sim nos mecanismos de interpretação da dor no sistema nervoso central. Para estes casos a ações dos profissionais devem ser em:
- Em primeiro ter bom raciocínio clínico para a identificação de que este é o mecanismo em ação no paciente.
- Abordagem terapêutica menos passiva (ex: técnicas manuais) e mais ativa (ex: exercícios terapêuticos). Os exercícios terapêuticos têm se mostrado mais eficazes pois permitem a reabilitação da função adaptativa biomecânica, ergonômica, cognitiva, participativa e social.
- Consideração dos aspectos psicossociais do paciente e multidisciplinaridade.
- Foco terapêutico mais na adaptação e participação do indivíduo ao seu meio (ex: se manter ativo e no trabalho) do que na redução da dor. Deve estar claro para estes pacientes que “dor não quer dizer dano”.
O fisioterapeuta é o profissional indicado para tais ações conquanto o mesmo possa saber identificar e entender os mecanismos de cronificação e centralização da DOR.
FT MSc Sergio Marinzeck, MPA, IFOMPT
Mestre em Fisioterapia Manip. e Musculoesquelética - Univ. of Queensland (Australia)
Certif. em Mob. do Sistema Nervoso (Univ. de Saskatechewan - Canadá)
Especialista em Fisiot. Musculoesq. pela Musculosketal Physiot. Australia (MPA)
Membro da Int. Federation of Orthop. Manip. Phys Therapy (IFOMPT)
* Para consultas com o Dr. Sergio Marinzeck clique AQUI.
|
|
|