Muito recentemente foi publicado na revista Manual Therapy um estudo muito interessante que aborda o polêmico tema da sustentação do arco longitudinal medial do pé. Muito se sabe a respeito da importância de uma boa sustentação desse arco plantar para a reabilitação de diversas condições. No entanto além disso, muito se discute a respeito de qual o melhor maneira de promover a formação e manutenção do arco. Sendo assim trazemos esse estudo que apresenta achados muito úteis a essa discussão.
Resumo
Um programa de treinamento específico com ênfase no recrutamento neuromuscular dos músculos intrínsecos do pé, usualmente conhecido como exercício do “pé curto” (EPC) (Short-foot exercise), tem sido sugerido como um meio para fornecer suporte dinâmico ao arco longitudinal medial (ALM) durante tarefas funcionais. Um design de estudo com um único grupo, usando medidas repetidas pré e pós-intervenção foi utilizado para determinar se um programa de treinamento de 4 semanas da musculatura intrínseca do pé afetaria a quantidade de queda navicular (QN), aumentaria o índice de altura do arco (IAA), melhoraria o desempenho durante uma manobra de alcance funcional unilateral, ou a avaliação qualitativa da capacidade de manter a posição de arco na postura em pé sobre um único membro em um coorte assintomático.
Vinte e um indivíduos assintomáticos (42 pés) completaram o programa de treinamento EPC de 4 semanas. A queda navicular dos sujeitos diminuiu em média de 1,8 mm após 4 semanas e 2,2 mm após 8 semanas (p <0,05). IAA aumentou de 28 para 29% (p <0,05). Desempenho da musculatura intrínseca do pé durante uma atividade de balanço estático unilateral melhorou de um grau moderado para bom (p <0,001) e indivíduos experimentaram uma melhora significativa durante o equilíbrio funcional e tarefa de alcance em todas as direções, com exceção de um alcance anterior (p <0,05 ).
Este estudo oferece evidências preliminares que sugerem que o treinamento EPC pode ter valor no suporte estático e dinâmico do ALM. Mais pesquisas sobre o valor desse tipo de exercício de intervenção na postura do pé ou sobre populações de pacientes com patologia específica são justificadas.
Uma das possíveis críticas a ser feita ao estudo é que a altura navicular (ou medidas associada ao arco do pé) não foram avaliadas durante atividades funcionais como caminhar ou correr por exemplo, atividades que se atribui geralmente uma importância grande para a geração de disfunções associadas às mudanças do arco do pé. Futuros estudos devem avaliar isso.
Outros métodos são usados por fisioterapeutas para a elevação do arco. A bandagem e a pamilha são exemplos. A saber em um outro blog deste site abordamos o uso da pamilha com uma comparação entre a pré-fabricada e a individualizada(Menz de 2009). A saber não houve diferença entre as mesmas (apesar da individualizada custar 3 vezes mais no geral). Veja em:
Georgina Di Delvazzio
17 de julho de 2013
Grupo Terapia Manual
22 de julho de 2013
Gabriela Bognotii
22 de julho de 2013
Rafael Lazar
29 de julho de 2013
Gabriela Bognoti
2 de agosto de 2013
Rafael Lazar
8 de agosto de 2013
Roberto Cerqueira Filho
9 de setembro de 2013
Joel Lockwitz
26 de setembro de 2013
Pedro Galhardo
5 de novembro de 2013