Um alvo de pesquisa já a alguns anos é a cavitação que ocorre durante as manobras de manipulação. Essa é uma questão que para alguns profissionais ainda representa incertezas, tais quais, se há necessidade do barulho para que haja efeito ou qual a localização exata da qual provém o som.
Em vista disso apresentamos um artigo muito interessante, publicado este ano, que aborda muito bem o tema, avaliando entre outras coisas a localização do som da cavitação na coluna cervical alta.
Sons de cavitação múltiplos e bilaterais durante manipulação da cervical alta
Musculoskeletal Disorders 2013, 14:24
James Dunning, Firas Mourad, Marco Barbero, Diego Leoni, Corrado Cescon and Raymond Butts
Introdução: O som audível produzido durante uma manipulação de alta velocidade e baixa amplitude (thrust) é comum. No entanto nenhum estudo investigou até agora a localização do som da cavitação durante a manipulação da coluna cervical superior. O principal objetivo foi determinar qual lado da coluna que cavita, durante a manipulação (thrust) de C1-2. Objetivos secundários foram calcular a média do número de sons, a duração da manipulação (thrust) da cervical superior e a duração de uma única cavitação.
Métodos: Dezenove participantes assintomáticos receberam duas manipulações (thrust) cervicais, visando o lado direito e esquerdo da articulação de C1-2 respectivamente. Microfones montados na pele foram colocados bilateralmente sobre o processo transverso de C1 e sinais de ondas de som foram gravados. Identificação do lado, duração, e numero de sons audíveis foram determinados por analises simultâneas de espectogramas com feedback de áudio usando software personalizado, desenvolvido no software Matlab.
Resultados: Sons audíveis bilatérias foram detectados em 34 (91,9%) das 37 manipulações, enquanto sons audíveis unilaterais foram detectados em apenas 3 (8.1%) manipulações;isto é, a cavitação foi significativamente (P<0,001) mais provável de ocorrer bilateralmente do que unilateralmente. Das 132 cavitações, 72 ocorreram ipsilateral e 60 contralateral a articulação C1-2 visada. Em outras palavras, a cavitação não foi mais provável de acontecer no lado ipsilateral do que contralateral (P=0,294). O número médio de sons por manipulações (thrust) rotatórias de C1-2 foi 3,57 (95% CI: 3.19, 3.94) e o numero médio de sons por sujeito seguindo ambas C1-2 manipulações foram 6,95 (95% CI: 6.11, 7.79). A duração média de um único som audível foi 5,66ms (95% CI: 5.36, 5.96).
Conclusão: Cavitações foram significantemente mais prováveis de acontecer bilateralmente do que unilateralmente durante manipulação (thrust) da cervical alta. A maioria dos sujeitos produziram 3-4 sons audíveis durante uma única manipulação (thrust) rotatórias visando a articulação direita ou esquerda de C1-2; sendo assim praticantes de terapia manipulativa espinhal devem esperar múltiplos sons audíveis quando realizam manipulação thrust da cervical alta na articulação atlanto-axial. Além disso, a abordagem tradicional da terapia manual visando uma única faceta articular, ipsilateral ou contralateral, da coluna cervical superior pode não ser realista.
Leonel Pezzola
1 de maio de 2013
Ricardo Silvino
2 de maio de 2013
Carlos Alberto
13 de maio de 2013
GRUPO TERAPIA MANUAL
15 de maio de 2013
Joyce Almeida
15 de maio de 2013
Ricardo Silvino
18 de maio de 2013
Carlos Alberto
23 de maio de 2013
Priscila Lima
26 de julho de 2013
Mirte Aragão
26 de setembro de 2013
Matheus
3 de março de 2014